O mercado de vitaminas e suplementos no Brasil tem crescido bastante nos últimos anos. De acordo com a Abenutri, Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais, uma pesquisa realizada em 2016 apontou que ao menos 50% dos brasileiros já consumiu algum tipo de suplemento nutricional.
Mas, com a expansão do mercado, e uma conscientização cada vez maior, é natural a procura por suplementos mais individualizados –movimento esse que já aconteceu em países como os Estados Unidos, por exemplo, e que deverá ser o caminho natural do mercado brasileiro, que é um dos maiores do mundo quando se trata do consumo de alimentos funcionais, e suplementos.
Nutrição personalizada é um conceito bastante amplo. Entenda quais são os caminhos mais comuns de personalização que consumidores de outros países já adotaram, quando se trata da utilização de suplementos.

Nutrigenética, Nutrigenômica e Epigenética

Alguns cientistas acreditam em grande parte que uma compreensão da variância genética individual pode ajudar os consumidores a fazerem escolhas de estilo de vida mais personalizadas em torno dos suplementos que tomam. Entender como isso se desenrola é o estudo da nutrigenética.
Basicamente, a nutrigenética tem como principal objetivo compreender as diferenças baseadas em genes em resposta a componentes da dieta. O profissional que utiliza esse tipo de abordagem desenvolve recomendações que sejam mais compatíveis com o estado de saúde dos indivíduos e sua composição genética. No Brasil já existem clínicas especializadas em realizar exames nutragenéticos, inclusive, que conseguem fazer um mapeamento genético completo do indivíduo.
Os insights sobre nutrição são muito ricos, e podem ajudar não somente na escolha dos melhores suplementos, como também a alimentação mais indicada e, até mesmo, os tipos mais indicados de exercícios físicos.
Embora relacionado, o campo da nutrigenômica vai um passo além e examina como a nutrição influencia a expressão do genoma. Os profissionais especializados em nutrigenômica estão mais preocupados em entender como os componentes alimentares e a dieta interagem com as células, os órgãos e o corpo como um todo. Ambas as disciplinas são uma abordagem científica para o uso de suplementos que é muito semelhante à medicina personalizada e mantêm a oportunidade para a verificação de resultados reais e científicos do uso de nutracêuticos e outros suplementos.
Já a epigenética observa as modificações químicas no DNA e nas proteínas associadas ao DNA (por exemplo, histonas). Essas modificações químicas podem afetar a atividade dos genes, e elas são reguladas pelo ambiente em que vivemos, incluindo nutrição e exercício.

Tendências demográficas

Embora menos precisos, os suplementos que se alinham às tendências demográficas são amplamente usados. Alguns exemplos simples são a inserção de vitamina D na dieta de bebês, ou de vitamina B12 em idosos.
Nesse mesmo sentido, o sexo também determina quais são as necessidades nutricionais. Em uma população de pessoas com mais de 50 anos, as mulheres precisarão de menos ferro, mas precisam de mais cálcio, já que a menopausa aumenta a incidência de osteoporose.

O futuro é logo ali

Se você acha que suplementos personalizados e de forma massiva ainda são um futuro distante, espere ouvir falar de uma empresa chamada Nutrigene. A empresa americana oferece suplementos personalizados a partir de uma avaliação metabólica que é feita online. A partir daí, a fórmula é composta, e entregue em consistência líquida. Segundo a empresa, os suplementos líquidos são mais puros e com melhor bioavaliabilidade.